
O papa Francisco completa nesta quinta-feira, 13, seu 12º aniversário de eleição como líder da https://revistaoeste.com/tag/igreja-catolica/
. Ele está internado há quase um mês em um hospital de Roma, por causa de uma infecção respiratória.
Os últimos boletins médicos divulgados pelo https://www.vatican.va/content/vatican/pt.html
sobre o estado de saúde do papa, de 88 anos, indicam que ele tem melhorado e não corre mais risco imediato. No entanto, não há previsão de alta.
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Francisco foi eleito papa pelos cardeais em 13 de março de 2013. No entanto, sua permanência contínua no hospital desde 14 de fevereiro altera o tom das celebrações deste dia entre os católicos.
<img src="https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/03/cq5dam.thumbnail.cropped.750.422.jpeg" alt=""/>O papa Francisco em visita ao Santuário de Aparecida em 2013 | Foto: Reprodução/Vaticano
O cardeal Michael Czerny, uma autoridade do Vaticano próxima ao papa Francisco, descreveu o aniversário de sua eleição como "um motivo de gratidão". Ele diz que, neste ano, a doença do pontífice “nos torna especialmente conscientes, especialmente gratos a Deus e redobrando nossas orações por sua recuperação completa”.
De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo Vaticano, a madrugada desta quinta-feira, 13, foi tranquila. Pela manhã, o papa acompanhou por videoconferência os exercícios espirituais conduzidos por um padre e, em seguida, rezou na capela próxima ao seu quarto.
“Francisco continuou as terapias prescritas, incluindo a medicamentosa e a fisioterapia motora ativa”, diz o boletim. Depois de passar por ventilação mecânica não invasiva durante a noite, o pontífice passou para a oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais.
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Nesta sexta-feira, 14, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin presidirá, às 10h30 locais, uma missa pelo papa, diz ainda o boletim do Vaticano.
Agenda do papa tem pelo menos uma viagem internacional prevista
Francisco tem mantido seus compromissos durante a internação no hospital. Contudo, ao iniciar o 13º ano de pontificado, não está claro se conseguirá manter o mesmo ritmo depois de ter alta. Médicos não envolvidos diretamente no tratamento indicam que ele vai passar por um longo processo de recuperação, devido à idade e outras condições médicas que afetam a mobilidade.
A ausência prolongada do pontífice alimentou especulações sobre uma possível renúncia, semelhante ao exemplo de seu antecessor, Bento XVI. No entanto, amigos e biógrafos do papa afirmam que ele não tem intenções de renunciar.
<img src="https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/03/cq5dam.thumbnail.cropped.750.422-1.jpeg" alt=""/>Os papas Francisco e Bento XVI | Foto: Reprodução/Vaticano
Parte significativa da agenda de Francisco para 2025 está centrada no Ano Santo Católico, que vai ocupar seu calendário com audiências de grupos de peregrinos que virão a Roma. A Igreja espera receber 32 milhões de peregrinos durante o ano.
Além disso, Francisco planeja, pelo menos, uma viagem internacional, com destino à Turquia, para participar das comemorações do 1.700º aniversário do Concílio de Niceia — hoje chamada Iznik. Autoridades do Vaticano esperam que ele consiga fazer a viagem, mesmo que ela precise ser adiada para depois de maio.
Papa Francisco é o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, na https://revistaoeste.com/tag/argentina/
, é o primeiro papa latino-americano, eleito aos 76. Em seus 12 anos de papado, fez mudanças na burocracia do Vaticano, escreveu quatro documentos de ensino, fez 47 viagens internacionais, visitou mais de 65 países e canonizou mais de 900 santos.
<img src="https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/03/cq5dam.thumbnail.cropped.750.422-3.jpeg" alt=""/>O cardeal brasileiro Odilo Pedro Scherer, em um encontro com o papa Francisco | Foto: Reprodução/Vatican News
Entre suas principais decisões, permitiu que padres abençoassem casais do mesmo sexo em casos específicos e nomeou mulheres para ocupar cargos de liderança no Vaticano pela primeira vez. Além disso, organizou cinco grandes cúpulas com bispos católicos para discutir questões como a ordenação de mulheres e mudanças nos ensinamentos da Igreja sobre sexualidade.
As escolhas do papa geraram reações mistas. Alguns cardeais seniores acusaram Francisco de suavizar os ensinamentos da Igreja em temas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e novos casamentos. Além disso, houve críticas ao papa por se concentrar excessivamente em questões políticas, como a imigração nos EUA.
Em relação aos casos de abuso sexual entre o clero católico, Francisco criou a primeira comissão papal sobre o tema. No entanto, grupos de sobreviventes questionaram a eficácia do trabalho e pediram políticas mais firmes de tolerância zero.
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